A Roma de Nero queima

grande incêndio de Roma irrompe e destrói grande parte da cidade a partir de 19 de julho do ano 64. Apesar das histórias bem conhecidas, não há evidências de que o imperador romano, Nero, tenha iniciado o incêndio ou tocado violino enquanto ele queimava. Ainda assim, ele usou o desastre para promover sua agenda política.↵O incêndio começou nas favelas de um distrito ao sul do lendário Monte Palatino. As casas da área queimaram muito rapidamente e o fogo se espalhou para o norte, alimentado por ventos fortes. Durante o caos do incêndio, houve relatos de saques pesados. O incêndio acabou ficando fora de controle por quase três dias. Três dos 14 distritos de Roma foram completamente destruídos; apenas quatro permaneceram intocados pela tremenda conflagração. Centenas de pessoas morreram no incêndio e muitos milhares ficaram desabrigados.↵Embora a lenda popular afirme que o imperador Nero tocou violino enquanto a cidade queimava, esse relato está errado em vários aspectos. Primeiro, o violino nem existia na época. Em vez disso, Nero era bem conhecido por seu talento na lira; ele frequentemente compunha sua própria música. Mais importante, Nero estava na verdade a 35 milhas de distância em Antium quando o incêndio começou. Na verdade, ele deixou seu palácio ser usado como abrigo.↵A lenda há muito tempo culpa Nero por algumas razões. Nero não gostava da estética da cidade e usou a devastação do incêndio para mudar muito dela e instituir novos códigos de construção em toda a cidade. Nero também usou o incêndio para reprimir a crescente influência dos cristãos em Roma. Ele prendeu, torturou e executou centenas de cristãos sob o pretexto de que eles tinham algo a ver com o incêndio.